a minha história

Biografia
 Eu Sou a Maria Inês Trigueiro da Cruz da Conceição Azevedo e nasci em 17 de Julho de 1963.

 Nasci em Galegos,  no Distrito de Portalegre, Concelho de Marvão. Sou a filha mais velha e para além de mim há o meu irmão.  Quando era pequena, lembro-me de os meus pais não terem tido uma vida fácil, tinham que trabalhar no campo e depois no contrabando, mas também me lembro que nunca me faltou nada, graças a Deus.
 Não frequentei nenhum infantário, pois a minha mãe naquela altura trabalhava no negócio do café (contrabando), e eu ficava com as minhas tias e outras vezes ia com ela.

Aí fui crescendo junto dos meus pais, tios, primos e amigos, mais tarde  com 5 anos, mudei-me para Lisboa.
Eu comecei a minha escolaridade no Externato menino Jesus em Carnide. Ia todos os dias com a minha mãe, íamos a pé da Brandoa para o Colégio Militar na Luz. Lembro-me que quando saía do Externato ia sempre para o pé da minha mãe, pois eu era uma miúda que não gostava de cumprimentar ninguém, escondia-me atrás da minha mãe, era muito tímida, sempre fui, só para não dar beijinhos. Se me diziam alguma coisa, começava logo a chorar, a minha mãe sempre me protegeu demais e por isso sempre me senti muito protegida por ela; já pelo meu pai não, pois é completamente diferente, mas ele tem bom coração, só que não demonstra os sentimentos, tem uma capa protectora, mas sente as coisas, eu sou igualsinha a ele.

 Tempos mais tarde, mudei para outra casa, também pequena, mas era melhor. Aí conheci duas amigas, uma era da minha idade, eu ia para todo o lado com ela, chama-se Albertina e a irmã Helena. Tinha outra que morava noutro prédio, não muito longe, que era a Isilda, que era também minha amiga. Entretanto, um dia a Albertina foi morar para outra casa mais longe e eu fiquei muito triste, porque já não tinha a minha amiga perto de mim.   E assim fiquei mais perto da Isilda, crescemos juntas, arranjámos uns namoradinhos, ela depois teve outro e eu também e eu com 12 anos fui morar para as  Patameiras Odivelas. A minha amiga Isilda comprou casa ao pé de mim. Para mim foi uma alegria, porque o meu marido nunca gostou muito de falar e eu ia sempre para casa dela e desabafava os meus problemas todos com ela. Ela só tinha um menino, mas entretanto o menino dela já era crescido e ela ficou grávida, teve outro filho. Passado um ano de ter tido o segundo filho, engravida outra vez sem querer, aí é que teve de procurar casa. Para mim foi como se perdesse uma parte de mim que eu precisava para me apoiar, sofri muito por ela se ter ido embora, e ainda por cima o meu feitio e o dela é nunca se comunicar com ninguém, só nos víamos de ano a ano.

Fui filha única até aos 17 anos de idade, uma vez que a minha mãe tinha 35 anos quando foi mãe outra vez. No dia 22 de maio de 1980, nasceu o meu irmão Rui Pedro. Fiquei muito contente por ter um irmão, era o que eu mais adorava na vida, mas como já estava na adolescência, as pessoas quando me viam com ele pensavam que ele era meu filho, mas eu não me importava. 


Só tem quatro anos de diferença em relação à minha filha e, ela trata-o por tio, e, apesar de terem só quatro anos de diferença, ela tem muito respeito por ele. Fiquei muito contente por ter um irmão, era o que eu mais adorava na vida, mas como já estava na adolescência, as pessoas quando me viam com ele pensavam que ele era meu filho, mas eu não me importava.  


Andei no Externato Júlio César
Comecei a trabalhar no Colégio Militar com 17 anos estive lá 7 anos, como contratada, concorri para a Marinha fiquei e fui para lá em 1988

Com 20 anos apareceu-me um linfoma de hodking
Em 2009 eu fui operada à mama faz 7 anos, mas desde os 20 que tenho problemas de saúde. Tive um línfoma de hodking estava grávida da minha filha de 7 meses, fiz um ano de quimioterapia que me deitou muito abaixo e fiz radioterapia, fiquei toda estragada, passado um tempo fiquei com tiroidite Hashimoto, depois apanhou-me também  o coração e os pulmões, fui fazendo exames muito dificeis, todos estes anos andei sempre com medo que me fossem aparecer mais doenças, nunca mais tive descanso, em 1999 fui operada ao coração, não acreditavam que eu tinha o que tive, por um pouco deixavam-me morrer, levei uma valvula aórtica e bay pass, fiquei com bronquite asmática, em 2009, tive um carcinoma ductal invasivo cancro na mama, o médico que me operou por um pouco deixava-me morrer, levei 5 transf. sangue e a seguir foi outro medico a operar-me porque o 1º  deixou-me a perder sangue e nunca se designou a ir ao pe de mim quando me operou, e ainda por cima foi no IPO, foi o Dr. Carlos .. a partir daí foi o inverso daquilo que eu fazia, comecei a não querer ir aos médicos, nem a fazer exames, fiquei completamente traumatizada, falto às consultas aos exames, e não vou trabalhar ando de baixa, não quero ir a lado nenhum e é esta a  minha vida,..

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